quinta-feira, 5 de maio de 2016

não existem limites no céu. não há portões de chegada ou saída. esse limite é pequeno pra mim. eu quero ser como esses pássaros que sobrevoam meu limite. me perdendo por ai. e as vezes encontrando-me.
m

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

seja

Disseram que é louco, mais não é loucura, é uma coisa engasgada, um sentimento sem nome, um cigarro apagado. São diversas falas em uma língua, uma imensidão de céu limitado em um solo úmido. Há tanto a se dar. Sufocado. Guardado a sete chaves para não libertar. Há uma tempestade cheia de vida que mata por onde passa. Não há como explicar. Não é loucura. Ou seja, que seja loucura. Que seja o que quiser ser, mais que não seja impedida ao menos. Há diversas formas de expressar, talvez é uma questão se prestar atenção e entender antes de julgar. Cada forma há uma beleza por trás dos olhos. Não é falta, não há falta. Nem lembrança do que foi ou que seria, isso já morreu a muito tempo. É um querer novo, um querer sem nome, sem destino, sem placas ou etnias. Um ar diferente, uma água salgada, um tempo parado para sentir. Um sentir profundo. Além do que qualquer ser consiga proporcionar. Um sentir solitário onde só a felicidade basta.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

queimado

como contrastes nas sombras,
as cores foram queimadas.
os sons brilham e perfuram todos os cantos.
indignação.
o mundo parece estar virando pelo lado contrário, ou do avesso.
todos correndo contra um tempo inexistente.
um nome inventado com um significado temporário.
quando não mais respirado.
não mais existido.
tudo fica v a g o.

ma;

substituição

em algum lugar ela podia então viver todos aqueles sonhos enterrados, toda aquela vontade abafada e um calor 'meia boca'. não era o verdadeiro gosto.
não adianta ocupar lugares quando se pertence a um. tomar um café não vai matar sua sede. apenas irá servir por um tempo. tempo esse que passa rápido demais e quem sabe já não esteja mais por aqui.
mais uma manhã, mais um lençol amassado, o cheiro é vanila e aquela loucura na qual faz seu mundo girar esta sentada assistindo sua calmaria substituída.

ma;

domingo, 27 de setembro de 2015

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seus pensamentos estavam embargados.
como aquela voz que vagava em sua garganta.
m.

mundos

ela esta ali sentada fixando o horizonte.
fixando seu mundo interno que andava uma bagunça.
todos os mundos, inclusive aquele corrupto que embolsava seu dinheiro com todas aquelas taxas existentes.
pausa.
vai dar tudo certo ela dizia.
mais um gole de café.
mais uma manhã escorria, assim como as tranças em seu cabelo.
tudo bem, tudo bem amanhã não importa mais.
não. não importa a muito tempo, mesmo que de uma certa forma haja um sentimento perfurando dentro dela. era uma agulha.
como pode algo tão pequeno trazer uma dor ao ponto de fazer gritar? como pode algo insignificante machucar?
mais uma vez ela subestima a ciência, religião e até mesmo seus próprios sentidos.
liberté. ela vem pensando muito nisso. assim como tem esperado que o recomeço venha ou que o fim vá junto com o sol.
foi tudo tão rápido, as escritas não conseguiam acompanhar.
o café esfriou, o cabelo nem charme mais tinha. o cômodo estava tão grande, assim como a imensidão de seus pensamentos.
ela não sabia mais como mudar, ela já o fez tantas vezes que mal sabia seu próprio nome.
mais vai passar ela repetia.
repetia por tentar acreditar ou acreditava e por isso repetia.
não importa, faz tempo já.
amanhã é outro dia. ela dizia.

m.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

n

se todos deixasem existir, soubessem aquela linha no horizonte. ela é simples de ser lida, é branca, clara, leve. basta uma afirmação para os inexperientes se envolver. ninguém sabe de onde veio, ou como vai. está aqui, sinto, vivo, vivestes. mais que esse fim não tenha termino, que o mar seja apenas o começo. confuso.

m